Fim para um começo, recomeço para um fim!
- Natureza - CAUAC UAXAC

- 1 de jan.
- 2 min de leitura
NS1.37.6.20
Celebramos uma vez mais o fim, e um novo começo...

Hoje, 1º dia de 2025 para a grande massa (principalmente nós Ocidentais), celebramos o Dia da Fraternidade Universal. Data esta, que tem como símbolo à busca pela paz entre todos os Povos e Nações... Neste propósito firma-se o ser e estar no mundo deste projeto; Natureza Humana! Assim também representado pela memória que rege este dia; Espelho Solar Branco - Kim 178. Mas não nos apeguemos a estes detalhes neste momento, seguimos para nosso propósito, evidenciar o Humano e a Natureza. De momento, seremos breves... mas profundos!
Para isso, evocamos a arte, poesia de Drummond que de maneira maestral nos leva a refletir sobre nós; humanos desumanizados.
O homem, bicho da Terra tão pequeno
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão,
faz um foguete, uma cápsula, um módulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte — ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza
humaniza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro — diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
vê o visto — é isto?
idem
idem
idem.
O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto
repetitório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para tever?
Não-vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
mas que chato é o Sol, falso touro
espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
do solar a colonizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.
O Homem, As Viagens* - Carlos Drummond de Andrade
Contudo, não pense equivocadamente que apontamos o dedo, ou julgamos aqui e acolá. Com isso, reconhecemos nossas limitações. Assim reconhecidas, buscamos trazer consciência e humanidade. Tão pouco certos ou errados, buscamos juntos reconstruir o elo perdido entre Humano e Natureza; buscamos por uma Natureza Humana**.
* Extraído do livro As Impurezas do Branco.
** A compreensão sobre a Natureza Humana que gostaríamos de compartilhar, iremos compartilhar nos textos que publicaremos futuramente.


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